LEI
Nº 776, DE 20 DE MAIO DE 1999
DISPÕE
SOBRE O NOVO PLANO DE CARREIRA E VENCIMENTOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO
MUNICÍPIO DE PIÚMA, EXCETO O PESSOAL DO MAGISTÉRIO.
O POVO DO MUNICÍPIO DE PIÚMA, Estado do Espírito Santo, por
seus representantes na Câmara Municipal, decreta e eu, em seu nome, sanciono a
seguinte Lei:
Art. 1º Fica instituído o
Novo Plano de Carreira e Vencimentos dos Servidores Públicos do Município de
Piúma, visando disciplinar o regime de relação entre deveres dos servidores
públicos municipais no que diz respeito às atividades e tarefas a executar e às
correspondentes retribuições pecuniárias, tendo sua execução regulamentada
pelos dispositivos legais pertinentes.
Parágrafo Único. Excluem-se desta Lei
os servidores públicos municipais da área do magistério, que são regulados por
lei específica.
Art. 2º Para fins e efeitos
deste Plano, considera-se:
I
- cargo, o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas ao
servidor público, caracterizado por criação em lei, denominação própria, número
certo e pagamento pelos cofres municipais;
II
- classe, o agrupamento de cargos, disposto hierarquicamente de acordo
com o grau de dificuldade das atribuições e nível de responsabilidades;
III - nível, a unidade básica da
estrutura da carreira, indicadora da hierarquia funcional e que determina o
valor inicial do vencimento base;
IV - padrão, o
escalonamento da carreira em unidades de valor monetário, que representam o
crescimento funcional e o vencimento-base do servidor;
V
- vencimento, a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo
público, com valor fixado em lei;
VI
- remuneração, o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens
pecuniárias, permanentes ou não, estabelecidas em lei;
VII - promoção, a elevação do servidor
para nível superior, dentro da mesma classe;
VIII - progressão, a elevação do servidor
para nível superior, dentro do mesmo nível;
IX
- Função gratificada, a vantagem pecuniária acessória, quando o
servidor efetivo ocupar cargo em comissão, compreendendo a diferença entre o
valor atribuído ao cargo em comissão e o valor do vencimento-base do servidor.
Art. 3º A carreira dos servidores
públicos municipais será iniciada com provimento em cargo público, precedido de
concurso público de provas e títulos, na forma das disposições desta lei e de
normas dela decorrentes.
Art. 4º À carreira do
servidor público municipal é organizada em cargos em provimento efetivo, assim
identificados:
I
- por classe, segunda a natureza e a complexidade das atribuições, e o
grau de escolaridade, classificadas de "A" a "L", de acordo
com o Anexo II desta lei;
II
- por nível, correspondente à escolaridade exigida para o ingresso de
acordo com a classe, e a progressão de acordo a evolução escolar, excluindo-se
a de ingresso, distribuída conforme o Anexo I da presente lei, e seguindo a
seguinte escala: saber ler e escrever; 1º grau completo; 2º grau completo; 3º
grau completo, pós graduação (mestrado e doutorado), sendo que o grau maior
elimina o menor;
III - por padrão, conforme o
desdobramento numérico de "1" a "11", indicativo de
progressão funcional, em uma mesma classe e nível, correspondendo o primeiro
padrão do cargo de ingresso através do concurso público o de número 1 (um).
Art. 5º Ao servidor público
municipal somente será atribuído o nível correspondente à sua maior
escolaridade adquirida e comprovada, após o período do estágio probatório, que
compreende 3 (três) anos.
Art. 6º O servidor público
municipal efetivo deverá, até 30 (trinta) dias após a entrada em vigor da
presente lei, apresentar a comprovação de escolaridade superior ao exigido para
o ingresso, para o efeito de reenquadramento no nível de direito, sendo vedada
o reenquadramento em outra classe, que se processará mediante concurso público.
Art. 7º O servidor público
municipal efetivo, em exercício na data de entrada em vigor desta Lei, será
automaticamente enquadrado no padrão de direito.
Art. 8º A investidura em
cargos públicos far-se-á mediante aprovação prévia em concurso público de
provas e títulos, por nomeação, em caráter efetivo.
§ 1º Os requisitos para a
investidura em cargos de que trata este artigo serão regulamentados pelo
Prefeito.
§ 2º O Prefeito, havendo
imperiosa necessidade e mediante ato administrativo devidamente justificado,
poderá nomear, em caráter temporário, candidato aprovado em concurso público,
constante da lista de espera, com obediência à ordem classificatória,
respeitada a quantidade de vagas de que trata o Anexo III deste
lei.
Art. 9º O ingresso ao cargo
público do profissional aprovado em concurso público far-se-á segundo a classe
para a qual prestou concurso e no padrão inicial do nível previsto.
Art. 10 Promoção é a
passagem de um nível de escolaridade para outro, dentro da mesma classe.
§ 1º A promoção poderá
ser requerida pelo servidor junto a Secretaria Municipal de Administração e
Finanças, mediante comprovação documental do novo grau de escolaridade,
excluída a exigida para a classe para a qual prestou concurso, documento este
que deverá ser expedido pela instituição formadora devidamente autorizada pela
autoridade competente, acompanhada do respectivo histórico escolar.
§ 2º A promoção não
impedirá o processo de progressão a que o servidor tiver direito.
§ 4º Ocorrida a promoção,
será o servidor transferido para o novo nível, mantido os mesmos padrão e
classe.
§ 5º O servidor público
efetivo passará a ter direito a promoção após a aprovação no estágio
probatório.
Art. 11 A promoção deverá
ser requerida até o mês de setembro de cada ano, gerando seus efeitos a partir
do exercício subsequente.
Art. 12 Progressão é a
passagem de um padrão para outro imediatamente superior, no nível e na classe
em que o servidor efetivo esteja enquadrado.
Art. 13 A progressão
dar-se-á por antiguidade, com observância aos critérios específicos
estabelecidos nesta lei e legislação subsequente.
Art. 14 A progressão por
antiguidade tem por base o tempo de serviço e será realizada com a observância
dos seguintes critérios:
I
- existência de dotação orçamentária necessária e disponibilidade
financeira suficiente;
II
- tempo de serviço correspondente ao efetivo exercício do cargo
exercício no Município;
III - interstício mínimo de 36 (trinta e
seis) meses, a contar da data da publicação da presente lei;
IV
- efetivo desempenho do servidor nas atribuições do cargo,
observando-se as exceções discriminadas no parágrafo único deste artigo.
Parágrafo Único. Para a contagem do
tempo de serviço, são considerados como interrupção do interstício:
a) a licença para
tratamento de interesse particulares;
b) o afastamento do
cargo para prestar serviços em outro órgão da esfera estadual ou federal, o
exercício do cargo de Secretário Municipal e o exercício de mandato eletivo em
qualquer esfera governamental;
c) a suspensão
disciplinar aplicada com base no Regime Jurídico dos Servidores Municipais de
Piúma, ou a condenação criminal definitiva determinada por autoridade
competente;
d) a licença médica superior
a 60 (sessenta) dias por biênio, exceto quando decorrentes de gestação,
lactação ou adoção, paternidade e acidente ocorrido em serviço.
Art. 15 As jornadas de
trabalho, as especificações das atribuições e demais requisitos para o ingresso
aos cargos públicos municipais, serão regulamentadas pelo Prefeito.
Art. 16 Vencimento-base é a
retribuição pecuniária mensal devida ao servidor público pelo efetivo exercício
do cargo correspondente a sua classe, nível e padrão, em razão de sua jornada
de trabalho.
Art. 17 A tabela de
vencimentos-base do Quadro de Servidores Público, exceto do Magistério, é
constituída de classes, níveis e padrões e está fixada no Anexo III desta lei,
em múltiplos do menor vencimento-base pago aos servidores públicos gerais do
Município.
Art. 18 O enquadramento nos
cargos far-se-á em obediência aos seguintes critérios:
I
- na classe correspondente ao cargo para o qual prestou concurso;
II
- no nível na forma estabelecida nesta lei;
III - no padrão de conformidade com o que
estabelece esta lei.
Art. 19 A aposentadoria do
servidor público será regulada em lei especifica.
Art. 20 O quantitativo de
cargos de servidor público é o constante do Anexo II que integra esta Lei.
Art. 21 As despesas
decorrentes da execução deste Lei correrão à conta das dotações orçamentárias
próprias, consignadas no orçamento municipal, ficando o Poder Executivo
autorizado a promover os ajustes necessários.
Art. 22 O cargo de Agente
Comunitário, por pertencer a um programa especifico, subvencionado pelo
Ministério da Saúde, será regulado por lei especial, e seu provimento dar-se-á
mediante contratação por tempo determinado.
Art. 23 O menor
vencimento-base de que trata o art. 17 e o Anexo III desta lei corresponde a R$
136,00 (cento e trinta e seis reais).
Art. 24 Este
lei entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a
1º de maio de 1999.
Art. 25 Revogam-se as
disposições em contrário, e em especial a Lei nº
605, de 21 de outubro de 1994, e os artigos
69, 102 a 105, da Lei nº 423, de
22 de junho de 1990.
Piúma, 20 de maio de 1999.
José Izaías Moreira Scherrer
PREFEITO MUNICIPAL EM EXERCÍCIO
Este texto não substitui o original publicado e arquivado na Prefeitura Municipal de Piúma.
PADRÃO |
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CLASSE |
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G |
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I |
J |
L |
NÍVEL |
I a IV |
III a V |
VI a VIII |
IX a XI |
XII a XV |
XVI a XVII |
XIX a XX |
XXI a XXIII |
XXIV a XXVI |
XXVI a XXVII |
XXVII a XIX |
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(Redação
dada pela Lei nº 1.673, de 6 de janeiro de 2011)
QUANTITATIVO DE CARGOS DO QUADRO DE SERVIDORES EM GERAL
(EXCETO MAGISTÉRIO)
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